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A obscuridade do Tratado de Não-proliferação Nuclear Printable Version PRINTABLE VERSION
by Kashmir, Romania May 20, 2004
Peace & Conflict   Opinions

  

Os EUA continuam gastando milhões (485, para ser mais exato) de dólares para manter seu arsenal nuclear, anualmente, mesmo participando de tratados superficiais de não-proliferação nuclear. Superficiais porque não há iniciativa de negociar e realmente agir para que as bombas nucleares sejam "proibidas" em todo o mundo, para todo mundo. Não há iniciativa pois não há interesse, principalmente dos Estados Unidos, de acabar com seu mais poderoso trunfo, o do poderio militar, aquilo que pode ser usado como último recurso para ganhar qualquer discussão e defender qualquer interesse. Com uma força militar dessa dimensão e com uma atitude ignorante e egoísta de defesa cega dos próprios objetivos (mesmo enfrentando a oposição de quase um mundo inteiro) realmente sobram motivos para nos preocuparmos com a segurança mundial nos próximos anos.
Essa preocupação pode se tornar ainda mais intensa, se lembrarmos da tática de "guerra preventiva" de Bush, na qual os Estados Unidos se dão o direito de atacar qualquer país que represente uma ameaça, mesmo que este país ainda não tenha atacado de qualquer forma, e que a intenção de atacar ainda seja duvidosa.
Cada vez que os Estados Unidos agem dessa forma, mais temos certeza que esse tratado de não-proliferação é so uma maneira de desarmar o mundo , para que fiquemos indefesos diante do poder dos E.U.A. Segundo eles, há justificativa: o mundo precisa de uma "polícia", alguém para cuidar dele. Mas quem indica a América para esse papel? Com todas essas atitudes hipócritas, essa seria a minha última escolha. A polícia precisa, antes de força e poder, de responsabilidade para exercer um papel que mereça a confiança de todos. E confiança é a última coisa que os Estados unidos inspiram, com suas meia-verdades e intenções duvidosas.
O Tratado de Não-proliferação Nuclear, que será revisto em breve, ainda esse ano, tem vários pontos obscuros. Por exemplos, os mísseis que servem para o lançamento foram "desativados", e não desmontados. Assim, eles podem entrar em operação novamente em pouco tempo, e a prova disso é que os próprios mísseis estão em processo de modernização para extender sua vida útil até o ano de 2020. A justificativa disso é que "o tratado não pede a destruição das ogivas" disse J. Sherwood McGinnis, o deputado representante nesse assunto.
Quando questionado sobre a possibilidade dos mísseis serem postos em atividade novamento, o governo afirmou que " tirando mudanças imprevistas na segurança global, não há razão para reativar o asenal". Não é necessário dizer que seria extremamente fácil conseguir um motivo para reverter essa situação de desarmamento.
Enfim, é extremamente preocupante a situação que estamos vivendo, onde um único país é tão poderoso que pode se dar direito de prever uma ameaça e aniquilar ela antes mesmo que seja provada sua veracidade. Seria quase a mesma coisa que assassinar Hitler quando bebê, para que o horror do holocausto não acontecesse. Mas nesse caso, os assassinos não são confiáveis o suficiente para sabermos se realmente querem que o holocausto seja prevenido, ou se o interesse é algum outro, que só pode ser visto nas entrelinhas.





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